Mancha Verde
Mancha Verde refletiu sobre o bem e o mal em seu desfile
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A atual campeã do Carnaval foi a quarta agremiação a desfilar pelo grupo Especial em 2020

Foto: Felipe Araújo/Liga-SP

“No altar do Carnaval”, a Mancha Verde desfilou o amor, a dor, o bem e o mal. Quarta escola a passar pelo Anhembi na madrugada da sexta-feira, 21 de fevereiro, a atual campeã do Carnaval refletiu sobre os rumos da humanidade com o enredo “Pai, Perdoai! Eles Não Sabem o que Fazem”, desenvolvido pelo carnavalesco Jorge Freitas. Símbolos do sagrado e do profano, luz e escuridão foram apresentados por 15 alas e 5 alegorias, uma passagem marcada pela dualidade que deu à agremiação o título de vice-campeã do Carnaval SP 2020.

Oh, senhor! Benditos os que rogam o perdão

Arautos guardavam o altar que representou o sagrado coração de Jesus na comissão de frente, coreografada por Wender Lustosa e Marcos dos Santos. Maria, mãe de Jesus, também foi representada no número.

A ópera a céu aberto em cinco atos

A Mancha Verde apostou numa narrativa não-linear para o desfile de 2020. No primeiro setor, anjos anunciaram a chegada do Menino Jesus. O abre-alas reflete sobre o Natal, principal festa cristã, e seu significado: “Festa ou Devoção?”. No segundo setor, anjos e demônios e as duas faces do ser humano entram em cena. O carro alegórico trouxe Judas, personagem bíblico que traiu Jesus. Pilatos e a condenação de Jesus são abordados no terceiro setor, que reflete sobre a justiça. A maldade humana e os motivos que levam à dor e tristeza foram retratados no quarto ato do desfile da Mancha Verde. Mães lamentaram a morte de seus filhos em encenação ao pé de uma cruz na alegoria de número 4. “Só o amor pode curar o mundo”, um dos versos do refrão do samba, é também a mensagem do último setor da escola, que trouxe a pureza dos bons sentimentos e um coração pulsante na quinta alegoria. Silvia Grecco e Nickollas, mãe e filho que ganharam as mídias em setembro de 2019 depois que imagens dela narrando o jogo do Palmeiras para ele, que tem deficiência visual, caíram nas graças do público, apareceram no encerramento do desfile como destaques.

Mestre-sala e porta-bandeira

Marcelo Silva e Adriana Gomes, casal oficial,  vestiram branco para defender o primeiro pavilhão da Mancha Verde.

A Mancha é a voz dos filhos Teus

Sob a regência de Guma Sena, a Puro Balanço apresentou bossas no refrão principal. A letra do samba, assinada por Marcelo Casa Nossa, Guilherme Cruz, Rodrigo Minuetto, Rodolfo Minuetto e Darlan Alves, foi entoada por Fredy Vianna, com destaque para o coral da ala musical.